sábado, 18 de agosto de 2012

Silêncio pt.2

Ela é ilegível.
Instável.
E sempre foi assim, com o seu charme ela se despede, e aquela dúvida do re-encontro me matava a cada adeus.
E teve um dia que ela se foi.

É essencial, deixa um pouco de si aonde passa.
Ela é a frágil donzela, vestida de uma forte guerreira.
Auto-suficiente ela anda de cabeça erguida, e sua bondade é reconhecida por todos.
Colecionadora de pessoas, não se desfaz de ninguém.

O seu corpo responde ao toque o que muitas vezes sua boca tem medo de falar.
É orgulhosa. Tem medo da dependência, medo de falhar, medo de se ferir.

Pensamos em tudo que poderia acontecer, e eu me assustei.
Me assustei por talvez não conseguir cumprir a promessa de cuidar.

O pra sempre existe?
Éramos jovens, será que aquela era a hora certa?

Eu relutei, respondi precipitadamente. Me arrependi.

Depois de falhar com a resposta, as coisas foram diferentes.
E hoje eu tenho essa resposta.

O pra sempre existe?

Sim, apenas com ela.
Não existe nada antes dela, e não haverá um depois.
Ela é única, uma dança de imperfeições.
Ela é perfeita, perfeita do jeito que é, e eu não quero deixa-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário