Eu estava sentado no ultimo vagão do trem, já era noite.
Olhando pela janela sem ver a paisagem, eu pensava em nós dois.
Nos meus ouvidos o fone, que tocava a nossa musica.
Nas ruas escuras e nubladas caminhos que já fizemos.
Cada assento marcado com nosso sorriso.
Agora eu ria sozinho, lembrando.
Eu choro sozinho, lembrando.
A música torturante acaba, e como num suicídio eu repito-a.
A tortura necessária, a tal da foça.
Mas já se passou tanto tempo, me nego aceitar um fim trágico.
O trem para naquela estação.
Ando devagar, na esperança de vê-la sorrindo sentada em algum lugar.
Estou cercado de tanta gente e sozinho.
Cercado de tanto barulho, e no silêncio morre o sentimento, e eu sou acordado pela realidade.
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