sábado, 11 de agosto de 2012

Silêncio

Pensativo.
Eu estava sentado no ultimo vagão do trem, já era noite.
Olhando pela janela sem ver a paisagem, eu pensava em nós dois.

Nos meus ouvidos o fone, que tocava a nossa musica.
Nas ruas escuras e nubladas caminhos que já fizemos.
Cada assento marcado com nosso sorriso.

Agora eu ria sozinho, lembrando.
Eu choro sozinho, lembrando.

A música torturante acaba, e como num suicídio eu repito-a.
A tortura necessária, a tal da foça.
Mas já se passou tanto tempo, me nego aceitar um fim trágico.

O trem para naquela estação.
Ando devagar, na esperança de vê-la sorrindo sentada em algum lugar.

Estou cercado de tanta gente e sozinho.
Cercado de tanto barulho, e no silêncio morre o sentimento, e eu sou acordado pela realidade.

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